Novas próteses para seios podem ser ajustadas depois da plástica
Modelos recém-lançados no mercado de cirurgias são customizados
No ranking das plásticas, o aumento de mamas ocupa o primeiro lugar no Brasil, quase empatado com a lipoaspiração. Dos cerca de 700 mil procedimentos estéticos feitos anualmente no Brasil, 156 mil são de implante de silicone nos seios, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A novidade é que os novos modelos são customizados, ou seja, adaptados às formas de cada mulher; têm melhor textura e consistência; e maior segurança, diminuindo significativamente o risco de contratura e vazamento.
Neste mercado que só faz crescer, um dos lançamentos mais procurados de 2011 é a prótese ajustável, aumentada ou reduzida depois da operação, de acordo o desejo de cada cliente. Basta preencher o modelo com soro fisiológico. Mas, como qualquer plástica, o implante de silicone nas mamas tem indicação precisa.
As novas próteses de silicone nas mamas são fabricadas com tecnologia de última geração. Ao contrário dos modelos antigos, que deixavam todas as mamas com o mesmo aspecto, hoje é difícil perceber se a mulher tem implantes. Além disso, o gel na maioria dos tipos é de alta coesão. Isto significa que, em caso de ruptura na cápsula - algo cada vez mais raro -, o gel não extravasa. Outras mudanças são as próteses que associam gel de silicone a um conteúdo salino para completar e atingir o volume desejado e desenhos adaptáveis ao tipo de tórax e de mamas e à altura das aréolas.
Houve um aumento no trabalho dos cirurgiões plásticos, que agora precisam aprender a lidar com esses novos implantes. Quem ganha com isso é a candidata à plástica, pois tem um universo mais amplo de possibilidades. Na briga pelo mercado, as marcas aprimoraram ainda mais a engenharia envolvida no desenvolvimento dos implantes — diz a cirurgiã plástica Bárbara Machado, chefe da equipe médica da Clínica Ivo Pitanguy.
Uma grande vantagem em relação aos implantes antigos, afirma Bárbara, é a maior quantidade de modelos, de diversas marcas, com pequenas diferenças. Isso facilita a adequação a cada paciente, principalmente em casos de pequenas simetrias nos seios.
Porém, antes de decidir por um modelo específico de implante, é preciso analisar a simetria individualmente, levando em conta altura, peso, largura dos ombros e as características da mama atual.
— Esses aspectos são essenciais para garantir a naturalidade das mamas. Hoje, em média, as brasileiras fazem opções por próteses de 255ml a 285ml — comenta Bárbara. — A mulher só deve se submeter à plástica se for para melhorar a autoestima, se tiver indicação precisa. Nunca por pressões externas; porque alguém disse que ela tem mamas pequenas, ou viu uma atriz famosa com implante.
Bárbara explica que a simetria total das mamas, em plástica, não acontece. Até porque a natureza não faz seios simétricos.
— Tentamos reduzir imperfeições. E podemos chegar a um aspecto bem perto do natural — afirma. — Hoje, com um bom acompanhamento, as próteses podem durar por muito mais de dez anos.
AGÊNCIA O GLOBO
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