Super-herói do organismo: magnésio é indispensável para saúde
Substância está presente em folhas verdes, cereais integrais, frutos do mar e legumes
Em nosso organismo, ele regula o aproveitamento dos minerais e orienta a síntese de proteínas. Está presente em quantidade adequada nos mananciais de água de áreas de populações longevas, como Japão e norte da Europa. É o magnésio, substância que faz parte do ATP, molécula de energia celular. Ele atua em cerca de 300 reações bioquímicas realizadas diariamente por nosso corpo. Entre as mais importantes está o metabolismo das enzimas. E mais: é um antagonista natural do cálcio no sistema cardiovascular, o que reforça os nossos mecanismos de defesa e a manutenção da saúde.
A fonte natural de magnésio são os alimentos, principalmente as folhas verdes (ele está na base da clorofila), os cereais integrais, os frutos do mar, as plantas oleaginosas, as leguminosas, as sementes e os cereais. As festas de fim de ano foram um bom pretexto para consumir esse mineral. As nozes, tão comuns nas ceias, são riquíssimas em magnésio.
— Estudos publicados em diversas partes do mundo esclarecem os benefícios das nozes para a saúde — afirma o nutrólogo Edson Credidio, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em seu livro Alimentos Funcionais na Nutrologia Médica (Editora Ottoni).
— Elas são consideradas indispensáveis para quem deseja combater a fadiga e resguardar os ossos. Só não dá para exagerar, pois o fruto da nogueira comum é calórico.
Combate à ressaca
Outro item alimentício generoso em magnésio é a água de coco, um hidratante natural bastante conhecido dos brasileiros e que tem a vantagem, nessa temporada de festas e de excessos, de ajudar no combate à ressaca.
— Ela ajuda a recuperar as perdas dos eletrólitos: sódio, potássio e magnésio — garante o nutrológo Daniel Magnoni.
Parte da dieta
— A ingestão diária depende da necessidade de cada pessoa — afirma o neurologista e médico ortomolecular Arnoldo Velloso da Costa, autor do livro Magnésio — O Que Ele Pode Fazer por Você? (Editora Thesaurus).
Velloso revela que problemas como insônia, enxaqueca e variações dos níveis de açúcar no sangue costumam indicar que o mineral está em falta em nosso organismo. De modo semelhante, quem dorme bem, tem a saúde equilibrada, boa capacidade física e alta disposição física e mental muito provavelmente consome a substância na medida certa.
A falta que o magnésio faz:
::: Cardiovascular: Arritmias, parada cardíaca, morte súbita, palpitações, hipertensão arterial, prolapso da válvula mitral, angina devido ao espasmo coronariano.
::: Digestivo: Constipação, disfagia (dificuldade de deglutição), discinesia biliar.
::: Urinário: Cálculos renais, espasmos no ureter com cólicas.
::: Genital: Cólicas menstruais, hipertensão gestacional (pré-eclâmpsia), podendo induzir convulsões (eclâmpsia).
::: Metabolismo: Intolerância aos carboidratos, resistência insulínica, baixo cálcio sanguíneo, baixo nível de potássio sanguíneo, nível de fosfato elevado no sangue, resistência à vitamina D.
::: Músculo-esquelético: Cãibras musculares, dores musculares, cefaleias, dores cervicais, disfunção têmporo-mandibular, tensão muscular, tetania (espasmos dolorosos), tremores e abalos musculares.
::: Neurológica: Convulsões, enxaquecas, perda da audição, zumbido nos ouvidos, hiperatividade, insônia, sensação de dormência e formigamentos.
::: Mental: Agorafobia, ansiedade, depressão, irritabilidade, síndrome de pânico.
::: Outros: Sensação de aperto no peito, fadiga crônica, compulsão por carboidratos, compulsão por comidas salgadas, fotofobia com normalidade do aparelho ocular, sensibilidade a sons agudos, eritromelalgia.
DIARIO CATARINENSE
PRIMEIRA HORA
ResponderExcluirPRIMEIRA HORA – QUINTA-FEIRA – 27/01/11
6 mil brasileiros morrem por dia vítimas de acidentes de trabalho.
A escritora SUELEN QUEIRÓS de Curitiba lançou no final do ano passado o livro Tratado de Toxicologia Ocupacional. Na obra encontram-se informações que constituem a formação do conhecimento das doenças ocupacionais. Desde a antiguidade greco-romana, o trabalho já era visto como um fator gerador e modificador das condições de viver, adoecer e morrer dos homens. Trabalhos de Hipócrates chamavam a atenção para a importância do ambiente, da sazonalidade, do tipo de trabalho como fatores determinantes na produção de doenças. Em entrevista ao Primeira hora SUELEN QUEIRÓS falou desta realidade tão presente no dia-a-dia do brasileiro: