Obesidade infantil pode trazer problemas para a saúde
Doença crônica se dá pelo sedentarismo, má alimentação e fatores genéticos
Hoje em dia, meninos e meninas se entretêm facilmente em frente à TV, videogame e computador, deixando de lado as atividades físicas muitas vezes. O problema é que essa falta de exercícios das crianças, aliada a maus hábitos alimentares, resultam em jovens com obesidade, doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma em cada dez crianças do mundo, ou 10%, está acima do peso, sendo que cerca de 30 a 45 milhões delas são obesas, representando 2% a 3% de toda população infantil entre 5 e 17 anos.
-- A obesidade se dá principalmente por causa dos hábitos de vida relacionados ao sedentarismo e à má alimentação. Em casos específicos, pode ser resultado de um herança genética também – afirma o médico Clóvis Francisco Constantino, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/09, realizada pelo IBGE, 40,6% da população brasileira adulta está com excesso de peso e 11,1% são obesos. Quando o índice de gordura de alguém é de até 20%, a pessoa está com sobrepeso.
Se o número for maior que isso, o paciente pode ser considerado obeso. A enfermidade ainda causa diferentes riscos à saúde, podendo resultar em complicações como a diabetes do tipo mellitus, a hipertensão arterial e os distúrbios metabólicos, por exemplo. A doença, que também pode ser determinada fatores genéticos, se dá principalmente pelo maior consumo de energia do que é gasto durante o dia.
Um pouco pelos inúmeros brinquedos e entretenimento à disposição delas e outro tanto pela falta de segurança nas ruas, as crianças e adolescentes praticam cada vez menos atividades aeróbicas, o que faz com que tenham um gasto de energia menor que o consumo. Antes, quando elas estavam muito irrequietas, os pais diziam: “Vão brincar lá fora”, num sinal claro para que pequenos fossem à rua para se divertir ou praticar algum esporte. Atualmente, elas ficam menos agitadas, já que normalmente estão entretidas pela TV ou computador.
Em miúdos, significa que elas consomem mais energia do que gastam. Como resultado final, elas acabam engordando, ou, pior, ficando obesas. Isso se dá, também, pelos maus hábitos alimentares nessa faixa etária. Na era do fast-food, as refeições costumam ser muito calóricas: hambúrgueres, batata frita e refrigerante, além das guloseimas como salgadinhos, chocolates e balas. Ou, em outras palavras: gordura, carboidratos e açúcares em excesso.
– Não restringimos alimentos para os pacientes. Até porque a infância e a adolescência são fases de desenvolvimento. Apenas disciplinamos e reorganizamos a dieta alimentar da pessoa, junto com uma orientação para o aumento dos exercícios físicos – afirma o médico.
Esse é o remédio – ou melhor, tratamento – para curar a doença de forma eficiente e sem riscos: uma dieta balanceada e exercícios físicos. Existem também um procedimento cirúrgico, que, normalmente, só é usado em casos extremos. Mesmo assim, a cirurgia, sozinha, não vai curar o paciente. É necessário, para manter e até melhorar os resultados, adotar uma dieta e praticar atividades físicas, tudo sobre orientação profissional, seja de um pediatra, de um nutrólogo ou de um nutricionista.
HAGAH SC
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