Pesquisas revelam que soja não representa risco para a saúdeSegundo nutricionista, muita informação a respeito do grão foi divulgada sem comprovação científica
Mais de 25% da população de crianças dos Estados Unidos comem alimentos com soja desde o primeiro ano de vida. De acordo com a nutricionista Karina Barros não há comprovação de que a soja ofereça riscos à saúde.
Segundo ela, que também é pesquisadora da Unifesp, muita informação a respeito da soja foi divulgada sem qualquer comprovação científica.
— Muitos questionam a soja devido às altas concentrações de fitoestrogênios, entretanto, todos estes fitoestrogênios são eliminados pelos rins e aproveitados pelo metabolismo endócrino — ressalta ela.
De acordo com Karina, até problemas com infertilidade já foram mencionados. No entanto, a mudança do estilo de vida e a utilização de compostos orgânicos como pesticidas, fungicidas, entre outros, prejudicou a vida das pessoas e não teria ligação com o consumo de soja.
Em 2010, um estudo realizado por cientistas e publicado no Journal Pediatrics, dos EUA, avaliou grupos de 120 lactentes, em quatro meses, amamentados com leite materno, leite vaca e fórmula de proteína de soja. Os autores não encontraram nenhum efeito estrogênico ou diferenças de tamanho nos órgãos reprodutores nas ultrassonografias de broto mamário, útero, ovário, próstata e testículos.
Outra pesquisa científica comparativa realizada nos Estados Unidos deu conta que nenhum dos 811 adultos entrevistados e que ingeriram leite com fórmulas à base de soja entre 1965 e 1978 teve qualquer alteração em relação ao peso, altura, desenvolvimento puberal e alterações na tireoide.
— A Academia Americana de Pediatria reconhece que as fórmulas hidrolisadas de soja são ainda mais seguras que as fórmulas convencionais de soja, que já possuem baixo teor alergênico — avalia Karina.
BEM-ESTAR DO CLICRBS
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