Este é um dos grandes mistérios do universo feminino
A primeira coisa que qualquer mulher – mas qualquer mesmo – faz quando entra em um banheiro é... olhar-se no espelho. Ok, meninas, vocês já sabiam disso. Mas eles, é bem provável que não. Segunda máxima neste recinto feminino: aquela ajeitada no cabelo. As mais apuradas até seguem reto para o vaso sanitário, mas não sem antes desviar o olhar para o espelho, já erguendo a mão em direção às madeixas (longas ou não).
A reportagem do Donna passou uma noite inteira pulando de balada a restaurantes, além de uma passada em uma academia de ginástica. Em 100% das vezes, as mulheres tiveram primeiro as duas atitudes citadas acima ao entrarem no toalete.
Agora, a pergunta que intriga o sexo masculino: afinal, por que as mulheres vão juntas ao banheiro? Sim, porque os homens não vão. Eles se direcionam ao WC muito mais vezes do que a gente (nós também constatamos isso na nossa saída de campo), mas em todas as vezes (novamente, uma unanimidade) vão sozinhos.
– Privacidade! O banheiro é o único lugar onde conseguimos conversar sem ter alguém nos interrompendo a cada cinco minutos e dizendo: "Oi, gata, e aí?" – comenta Ana Paula Pereira, 18 anos, no banheiro de um clube noturno, de papo com a amiga Luiza John Reis, 19.
Sabe aquela amiga que está na festa, mas você não a encontra na pista? Pois no banheiro há grande chance de vocês duas se trombarem:
– Amiga, você está aqui. Que lindo o seu vestido. Que saudade! Beijo, beijo, beijo – frase de uma menina no banheiro de um bar.
E do que mais elas falam?
– De homem. Claro! – grita uma moça, portas fechadas, em uma casa noturna.
– O banheiro é o lugar da sessão drama. A gente dramatiza tudo. É hora de falar do carinha que não veio, da roupa que a gente acha que não caiu bem, de quem está ficando com quem – explica Andreli Nakamura, 17 anos, no banheiro de outra danceteria.
Outro artigo de grande valia no momento banheiro é a nécessaire de maquiagem. O retoque do make chega a acontecer de duas a três vezes em uma noite.
Virou livro
A escritora Rosangela Ojuara passou três anos pesquisando os banheiros femininos. De Porto Alegre à Bahia, de ambientes como boate de striptease a hotel cinco estrelas, Rosangela passou por 200 toaletes. A partir daí, lançou o livro O Que as Mulheres Conversam no Banheiro, em que reproduz conversas que observou e também analisa o comportamento feminino. Segundo ela, não importa o tipo de toalete, dois assuntos predominam: falar mal de outras mulheres e falar de homem.
- Até em um teatro, um grupo de velhinhas falava mal de uma amiga que tinha feito plástica e arrumado um namorado mais novo. O banheiro funciona como um confessionário para nós – afirma.
Uma das histórias que Rosangela reproduz no livro é a de uma mulher, em um restaurante chique, que chorava copiosamente no banheiro. A moça reclamava à amiga que o amante tinha outra.
Já o tema de conversas em banheiro de academia é um pouco diferente. Cirurgia plástica é de lei, segundo as meninas que malham diariamente.
– Sempre tem alguém que acabou de colocar silicone ou que conhece alguém que fez cirurgia – afirma Bruna Turczyn, 23 anos, estagiária de Educação Física.
Receitas de dieta, cuidados com o cabelo e aparelhos que dão bom resultado na malhação também dominam o papo do vestiário. Alguns itens são imprescindíveis: secador de cabelos e chapinha, um espelho grande e cabides.
Para a empresária Walkyria Ribas Sassi, 48 anos, a passagem pelo vestiário é boa para compartilhar assuntos de beleza. E ela logo inicia uma conversa:
– Vou fazer minha progressiva e começar a usar secador e chapinha. Vocês têm que me ensinar, porque eu não sei usar muito bem – comenta com Bruna e Luciane Sant'ana.
– Você vai ver que ótimo. Meu cabelo era como o seu. É só secar normalmente. Fica liso, mas com movimento – diz Luciane.
Donna do ClicRBS
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