quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Os segredos da Confeitaria Blumenau em Curitiba

Tempero dos pratos do almoço e tentadoras tortas mantêm sempre cheia a confeitaria na Rua São Francisco


Felipe Rosa / Gazeta do Povo / Tradicional cuque de uva (R$ 3,50 o pedaço)

No panorama gustativo da capital paranaense, havia apenas duas coalhadas que poderiam disputar o troféu (se ele existisse) de “a melhor e mais genuína”, antecedendo os iogurtes, que só fomos conhecer nas décadas de 1960 ou 1970 – as que eram servidas nas confeitarias Blumenau e Schaffer. A desta última, desde os idos de 1970/1980 é só saudade, mas a da Blumenau continua viva; e saborosa! Feita com o mesmo capricho há cerca de 50 anos.


Seu primeiro endereço foi no Edi­fício ASA, mas o “ponto” atual, à Rua São Francisco, entre as ruas Presidente Faria e Riachuelo, é ocupado desde 1966. Seu espaço, com cortinas de renda branca ou de azul xadrezinho, tem lugar para atender a 60 pessoas sentadas.




Além de almoço no sistema de bufê, a Confeitaria Blumenau é parada para quem adora um lanchinho da tarde


Sua primeira proprietária foi a senhora Tecla Probst, de origem alemã, quituteira responsável por saborosos kuchen (cuque) e broete (broas). A sucessora de Tecla foi a senhora Ertha Weber, igualmente de ascendentes alemães, também perita no fazer pães, berlinas (sonhos), folhados (como o saboroso apfelstrudel) e muitas outras delícias.



Nos bastidores, outra mulher, Il­se Baumgart Maiochi, que foi fiel auxiliar de Tecla e Ertha e, depois de muitos anos (mais precisamente em 1994), passou à dona da casa; com a responsabilidade de continuar servindo os quitutes, obedecendo aos preceitos de impecável padrão de limpeza.



Com uma freguesia de muita gente jovem, pela proximidade com o prédio histórico da nossa universidade (UFPR), e por estar localizada no centro de Curi­tiba, a Blumenau estendeu sua atenção para o horário do almoço – no começo servia PFs, depois passou para a comida em quilo, hoje atende no sistema de bufê. Sempre bem temperado, seu va­­riado cardápio, de comida caseira, agrada a gregos e troianos.



Quem não gosta de carne vermelha, encontra frango ou peixe, assim como há sempre um prato para os que preferem massa, ou virado de feijão, madalena. Entre as sobremesas, banana caramelada, arroz doce, sagu com vinho e pudim de leite.


Hoje, dona Ilse não comanda mais a cozinha, mas sua marca continua lá, nos sabores de segredos repassados às cozinheiras e confeiteiras responsáveis, agora sob as ordens de seu filho Valmor e nora Eliane.


Durante a tarde, as mesas estão sem­pre ocupadas pelos que buscam um café gostoso – tipo colonial: ao preço de R$13,90, com empadinhas, tentadoras tortas, vários tipos de broas especiais, sucos de frutas, uma fatia de strudel, hummmm!


Gazeta do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário