quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um a cada sete derrames acontecem durante o sono


Foto: Getty Images


Após analisar 1.854 casos de pessoas que visitaram as emergências de hospitais por causa de derrames cerebrais, pesquisadores da Universidade de Cincinnati (EUA) descobriram que 14% dos AVCs isquêmicos acontecem durante o sono, reduzindo a chance de danos no cérebro pela rapidez no socorro, como divulgou a American Academy of Neurology em artigo publicado no periódico médico Neurology desta terça-feira (10).


O derrame isquêmico é causado por um bloqueio no fluxo de sangue cerebral, geralmente causado por um coágulo e o tratamento deve ser administrado em até poucas horas após o aparecimento dos primeiros sintomas. "Quando a pessoa acorda por causa dos sinais do derrame, geralmente não recebe o tratamento adequado porque não sabemos precisar exatamente quando ele começou", disse Jason Mackey, coautor da pesquisa.


Quando o paciente procura o hospital em poucas horas após o início dos sintomas, os médicos administram uma droga chamada TPA que elimina o coágulo de sangue. Todavia, se passar muito tempo, o medicamento não pode ser usado, pois aumentaria a chance de uma hemorragia que pioraria o quadro do paciente. "Por isso é quase impossível usar tPA nos pacientes que acordaram com derrame e os danos cerebrais neles podem ser permanentes", explicou Byron K. Lee, professor associado da Universidade da Califórnia.


A principal recomendação médica é para que o paciente procure ajuda médica sempre que acordar com algum mal-estar, em especial se houver algum dos sintomas do AVC presente:
- Paralisia ou fraqueza na face ou membros, em especial em um único lado do corpo;
- Dificuldade súbita para andar ou manter o equilíbrio;
- Dificuldade súbita de enxergar;
- Fala enrolada;
- Confusão ou dificuldades para falar ou entender frases simples;
- Dor de cabeça severa e sem causa aparente.


Terra

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