quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lipoaspiração a laser promete recuperação mais rápida e menos traumática

Há menores chances de complicações com esta nova técnica

Quando a dieta e a malhação não conseguem acabar com as gordurinhas localizadas, a lipoaspiração passa a ser o principal objeto de desejo das pessoas mais vaidosas. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) revelam que, junto à mamoplastia de aumento, ela lidera o ranking das cirurgias estéticas mais realizadas no país.

Ao longo dos últimos 20 anos, o procedimento tornou-se mais seguro, mais acessível e pode ser conduzido com diferentes técnicas. A mais recente delas é a lipoaspiração a laser, também conhecida como lipolaser ou laserlipólise. O calor emitido por essa fonte de energia derrete a gordura e permite o uso de cânulas bem fininhas, proporcionando um corpo remodelado sem as conhecidas agressões do método convencional.


Para o cirurgião plástico Alexandre Senra, médico do Hospital Albert Einstein (São Paulo) e especialista da SBCP, a modalidade tem mostrado excelentes resultados. Ele explica que o trauma na região operada é menor e que a lipo a laser é praticamente indolor.

— Além disso, a retração da pele é uma grande vantagem dessa técnica. O laser estimula a produção do colágeno, reduzindo a flacidez. O sangramento é mínimo e a recuperação é muito mais tranquila — afirma o especialista, que há 10 anos lança mão do método.

Segundo Senra, 90% daqueles que fazem a lipolaser voltam a trabalhar no dia seguinte e estão liberados para atividades físicas uma ou duas semanas depois.

— Mas não basta ter o equipamento à disposição. O cirurgião deve ter treinamento com a tecnologia para conduzir o procedimento com segurança, proporcionar bons resultados e pós-operatório melhor do que as lipos convencionais — alerta.

Em Brasília, o laser tem conquistado pacientes e profissionais, como a cirurgiã plástica Ivanoska Filgueira, que o considera um avanço capaz de revolucionar a cirurgia estética. De acordo com a médica, a energia chega ao local da intervenção por via transcutânea e é regulada para destruir somente as células de gordura, sem danificar os vasos vizinhos. Pelos métodos mais tradicionais, os traumas vasculares e nervosos da região tratada são praticamente inevitáveis.


— A luz do laser facilita muito o trabalho do profissional. O risco de perfuração de outras estruturas é praticamente zero, o inchaço e os hematomas são bem minimizados e o paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia. Às vezes, nem é preciso pontos — diz.


Cuidados


Quando o local da intervenção é pequeno, como o pescoço, os flancos ou os braços, os cirurgiões nem chegam a aspirar a gordura dissolvida pelo laser. O produto é eliminado pelo próprio organismo, por meio dos rins ou do intestino. Se a área é maior, a camada gordurosa é sugada por uma cânula com diâmetro menor que as usadas nas outras técnicas. A anestesia pode ser local. No entanto, ainda que menos invasiva, a lipolaser continua a ser um procedimento médico. A operação deve ser bem indicada e realizada em centros cirúrgicos.

CORREIO BRAZILIENSE

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